Evento de plantio de Muvuca de sementes reúne vários parceiros pela restauração florestal

26 de Dezembro de 2022

Muvuca de sementes contribui para regeneração natural, geração de renda e fortalecimento das
comunidades locais

Neste mês de dezembro, realizamos uma oficina de plantio de muvuca de sementes na região da
Mantiqueira, em Queluz (SP). O encontro promoveu a troca de experiências e informações sobre
recuperação da vegetação nativa, permitindo que cada participante pudesse reproduzi-las em seu
território. A técnica de plantio escolhida, a muvuca – palavra de origem africana que significa mistura
-, reúne sementes com ciclos de vida diferentes, que vão juntas para o solo preparado e crescem
reproduzindo a diversidade que encontramos na natureza. Além de usada nos projetos do
Conservador, ela também está presente nas Unidades Demonstrativas.


Durante a capacitação foram abordados diversos temas, como a preparação do solo, estratégias de
plantio das sementes, quantidades, monitoramento e manutenção. O plantio de muvuca tem sido
cada vez mais utilizado na restauração florestal nas propriedades rurais, pelo seu alto índice de
regeneração natural, incentivo a geração de renda e fortalecimento da rede restauradora.


No total, foram usados 288 kg na oficina – 80 espécies de sementes florestais mais a adubação verde.
Essas sementes possuem uma ampla variação genética e foram obtidas por diferentes redes
coletoras. A coleta de semente é uma etapa importante no ciclo da restauração e deve ser realizada
no período em que as sementes atingem sua maturidade. Como muitas estão em locais de difícil
acesso, precisam ser apanhadas por profissionais treinados. As sementes (ou frutos) coletadas vão
para secagem e devem ser armazenadas em locais apropriados para preservar o potencial de
germinação. Na Mantiqueira o trabalho é feito com várias parcerias para garantir mais essa etapa do
ciclo.

Esse movimento fortalece a rede de restauração florestal, garantindo mais florestas, mais
biodiversidade e mais vida, contribuindo diretamente para a diminuição dos efeitos das mudanças
climáticas e para a recuperação dos recursos hídricos. Seguimos nesse fluxo de semente, muda,
viveiro, plantio, cercamento e monitoramento. Desse encontro participaram, além de proprietários
rurais, as Secretarias de Meio Ambiente de Queluz (SP) e de Itanhandu (MG), o representante do
Sindicato Rural de Cruzeiro (SP), e as organizações: Instituto SuperAÇÃO, Atlas Florestal, Crescente Fértil, Caminhos da Semente, TING Ação Socioambiental e Simbiose Atibaia. Viva a rede de regeneração florestal que se tece na Mata Atlântica!

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